domingo, 25 de maio de 2008

podia perfeitamente não ter escrito isto

Pus-me a pensar em como é giro deduzir como coisas fundamentais hoje eu nem sabia que existiam antes. É bom poder concluir por o viver na minha pele, que a vida pode mesmo mudar, tomar outro rumo e tornar-se melhor por isso. A nossa casa hoje, o cheiro da vila onde vivo hoje, o meu trabalho de hoje as pessoas… as que surgem e com quem agora vivo o meu dia. Onde estariam elas há um ano atrás? E as que estavam comigo há um ano atrás no Brasil? Onde estão agora?
As que vão e vem. As que vem e ficam. As de sempre. As pessoas vão passando pela minha vida e qual será o critério para que permaneçam? Quais os exactos momentos, se é que existem, que fazem com que alguém que se atravesse no meu caminho acabe por nele seguir comigo?
Também são importantes simples cruzamentos. E não é necessário um caminho, basta uma intercepção.
Só me apetece pensar e não me apetece responder. Talvez eu não saiba a resposta.
Ou melhor, não sei.

4 comentários:

Alecrim disse...

Podia perfeitamente ter eu escrito isto. Penso-o muitas vezes... :)

Anónimo disse...

Minha querida, conhece concerteza a estátua do Rodan em que a escultura dum homem tem um braço a apoiar o queixo numa atitude tão bem retratada do "Pensador". Pois eu "dei-me" nessa posição ao ler o seu texto!É um assunto profundo pois na verdade há uma complexidade de coisas que nos leva a que realmente as situações, acontecimentos,momentos da vida, serem diferentes hoje de ontem e a variedade de pessoas que a isso influenciam, nos ajudam ou nos acompanham temporariamente ou para sempre, também variar. Porquê?
Pôs-me o desafio e vou tentar "compreender"! Até lá vem-me logo à cabeça ditados populares, frases "cliches":
- Quem muda Deus ajuda -
- Mas há sinais... não coincidências -
- Amigo de amigo tem abrigo -
- O MUNDO gira e avança como uma bola colorida nas mãos de uma criança -
- Os teus, os meus ... e nos nossos sentimentos são iguais -

Enfim, o desafio foi-me colocado!
E já agora: porque é que nos cruzamos e ficamos tão amigas para sempre?!!!
Mil beijos da BACOUCA

Pikuz disse...

Ui... falas de assuntos muito complicados e para os quais as respostas não passam de hipóteses criadas nas nossas mentes, no contexto da nossa vida, daquilo que queremos ou desejamos de alguma forma descartar!

Toda a gente certamente poderia escrever isto que escreveste... é tipo aquela questão que normalmente nos surge nda infância : "Porque é que eu vejo o mundo apenas da minha perspectiva, dentro do meu corpo?!"... bem, o facto de a terra ser um artefacto completamente não-deterministico (e mesmo que o possa parecer, basta descer no nível de análise e topa-se logo que é não-deterministico) faz com que nunca encontremos uma certeza para estes cruzamentos, afastamentos, acompanhamentos e "onde estariam eles no 25 de Abril"... :)

Beijinhos, cara filósofa-wannabe :)

David.

moonchild disse...

Mas para que é que querias o blog se não escrevesses o que te vai na alma? Com ou sem resposta às perguntas adoro passar pelo teu cantinho :)

 
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