terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Do partilhar casa parte 2

Estás a precisar de duas coisas Di, isso é certo. Apanhar uma bebedeira e cortar o cabelo.
Vou ouvir os teus conselhos J.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Porque as amendoeiras em flor já começam a aparecer. A natureza não pára, nem a vida, nem o tempo

sábado, 21 de janeiro de 2012

Respirar-te



nos dias em que te pergunto vezes sem conta onde é que estás.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Como é que se Esquece Alguém que se Ama

 Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguém antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Perspectivar

Hoje uma doente disse-me que se sentia muito feliz por pesar 120kg, menos 10 do que há duas semanas atrás. Quem se sente feliz por pesar 120kg? Alguém que pesava 130 há duas semanas atrás.
 Simples.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Dos novos amigos*

Porque a A. e o J. sabem-me a solinho. Adoro-os*

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Levem-na cá de casa por favor ou o meu coração não aguenta. Qualquer dia ando à chapada... e  a culpa é toda dela malvada, que me faz o coração querer saltar do peito. Ando a mil.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

coisas do partilhar casa

Eu no quarto em arrumações
Ele pelo corredor a cantar "oioioi, oioioi vem pra quebrar kuduro vamos dançar kuduro...oioioi"

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Dois Janeiro.


Mudanças para a nova casa feitas.
Inicio de tarde na praia.
Os dias já começam a ser mais compridos. Não tarda e é verão.
Quero voltar a dormir uma noite inteira sem acordar.
Luz.
 
 
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