quinta-feira, 20 de novembro de 2014

 
Que eu nunca me esqueça de ti.
Hoje sonhei ctg,

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Gosto de voltar a cuidar de mim, de voltar a apreciar o meu silêncio, a minha companhia. De colar os cacos partidos, sem pressas, sem medos dos cortes nas mãos. 
Gosto de alimentar os meus sonhos e de assumir a minha natureza natural. Aquela rara eterna infância que alimento com projectos sem fim. Agarro-me aos mil planos em que penso para nunca me resignar. 
Não sei se algum dia caberei num molde. Não me incomoda pensar que sou feita de uma matéria única, que não ganha forma física.
Agradeço os momentos que a vida me dá, a combinação perfeita dos segundos. Questiono se estariam juntos há horas dias meses ou anos à minha espera.
Estou de braços abertos, lancei os dados, cruzo os dedos. Plantei sementes. Continuo à espera da magia da vida, que agora a água caia na terra certa e que nasça a maior força.
Agradeço à A. ter aparecido na minha vida e me lembrar vezes sem contas que temos  que começar a fazer uns rabiscos em papel. Que podemos riscar, apagar, escrever, planear, fazer crescer um projecto nosso.
Agradeço ter reencontrado o D. Agradeço todas as palavras  que ele me disse. A honestidade, a preocupação em escolher as certas, o ter-me aberto o seu coração e eu o meu.
Agradeço à minha doente N. ter-me dito que me ama. 
Agradeço à minha doente M. ter-me comovido e ter-me feito usar tão claramente as minhas. Agradeço termos falado da sua morte sem que isso significasse o seu fim. Agradeço que ela me tenha abraçado tanto, me tenha feito sentir especial num momento tão difícil da vida dela.
Agradeço ao meu guru V. Sem ti,,, sem ti não sei como seria.
Agradeço ao meu pai e ao A. Sei que olham por mim, sei que a saudade ganhou outro significado graças a eles.
Têm sido dias felizes.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014


Um dos faróis da minha vida faz anos hoje.
Feliz ano novo minha irmã*

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Perpétua


Voa passarinho. Decide tu amar-te de novo. Chora, remexe os sentimentos, depois chega o dia em que eles ficam no sitio certo. Acredita nas aprendizagens da vida, passa pela mágoa e vive-a, mas não te tornes amargurada.

Vai chegar o dia, chega sempre. em que a página já não tem mais espaço para história.

E voas outra vez.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Senhor Professor


No primeiro dia postou um olhar sério para o piercing no meu nariz. Quando lhe perguntei se me deixaria assistir a uma aula sua de piercing, abanou a cabeça com ar de reprovação, Depois, soltou um sorriso maroto e cativou-me para sempre. Noventa e dois anos de uma vida activa muito para além do seu tempo. Investigador, médico, professor, pai. Um senhor. Um médico com uma gratidão e respeito imenso pelos enfermeiros que cuidavam dele. 

Lutou com todas as forças nos últimos dias por se manter vivo, Não queria partir, Falava com uma exaustão atroz, uns pulmões no limite do esforço, Falava sem fôlego entre a respiração sôfrega e a determinação de se fazer ouvir. Não desistia sem que o compreendessem, e eu não desistia de o compreender. Sorria muitas vezes. Beijava-me a mão quando juntos conseguia-mos descobrir o que lhe estava a fazer falta, onde estava a doer, como estavam as ultimas análises ou a imagem do Rx.

Hoje quando cheguei ouvi a sua filha chorar. Estava de joelhos no chão de mão dada com o pai. Dizia-lhe baixinho "esperaste pelos raios de sol para partir"





quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Pai



 Sinto tanto a tua falta outra vez, somos uma família amputada sem ti. Tu sempre certo, sempre seguro, sempre exigente. Tu com a solução para tudo, com a resposta pronta para que nada nos faltasse nunca. 
Por te sentir assim, ainda todas as coisas me parecem tuas e eu não tenho vontade de lhes tocar. São tuas, estão como tu as deixaste. Têm que passar a ser nossas mas eu não queria.

                                                                      Está na hora de ouvires o teu pai: 
Puxa para ti essa cadeira 

Cada qual é que escolhe aonde vai
Hora-a-hora e durante a vida inteira



Podes ter uma luta que é só tua
Ou então ir e vir com as marés
Se perderes a direcção da Lua
Olha a sombra que tens colada aos pés



Estou cansado. Aceita o testemunho
Não tenho o teu caminho pra escrever
Tens que ser tu, com o teu próprio punho
Era isso o que te queria dizer



Sou uma metade do que era
Com mais outro tanto de cidade
Vou-me embora que o coração não espera
À procura da mais velha metade




quarta-feira, 3 de setembro de 2014


Perguntem-me quem eu sou e eu divago, sou tantas coisas. Perguntem-me o que quero fazer com certeza na vida e eu tenho dezenas de resposta. Perguntem-me que musica me vem à cabeça no segundo seguinte, que fruta gosto mais, o que estaria a fazer agora se pudesse. Perguntem-me o que me comove, quem gosto de ter por perto, que experiências me marcam mais. Perguntem-me do que tenho medo, lembro-me da velocidade, das ondas, da morte dos outros, de desistir, de me esquecer...
Perguntem-me o que é mais importante? Qual é a força mais poderosa, o que me move, me transporta, me deixa perdoar, me faz pedir desculpa, me obriga a não ter pressa, a ser paciente a saber esperar. O amor faz-me acreditar, faz-me acreditar forte.

domingo, 24 de agosto de 2014


Construo a minha casa dentro do meu coração. Digo-lhe vezes e vezes sem conta que vai valer a pena e que juntos vamos chegar a algum lado. Que ambos temos que acordar, que correr riscos, que ir em busca, que acelerar este processo de passar do querer ao construir. Que há qualquer coisa de mágico aqui dentro, que sinto isso desde sempre. Que jamais poderei deixar-me levar pelo que não sou, que mais tarde ou mais cedo atiro o pano ao chão e recomeço. Recomeço. Recomeço outra vez. Recomeço as vezes que forem precisas.


segunda-feira, 30 de junho de 2014


Em Cabo Verde o vento tinha outra temperatura, sabia-me a toque, envolvia-me como um cobertor. Foi das melhores viagens da minha vida.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Há mil e uma coisas novas por fazer e por descobrir e eu teimo em carregar o cansaço ao peito. Ainda pensei que o cansaço fosse amor ao que fazia, que ele compensaria todas as horas e nervos e irritações. Toda a correria, toda a falta de consideração. Mas penso que o mundo, os meus amigos, os meus amores, as minhas pessoas, eu, todos merecemos mais de mim. Há uma parte de mim adormecida, aventureira, determinada, sonhadora. Vou acordá-la.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Fazer noites há anos

e nunca me habituar. Devia fazer exercício mas não consigo, devia cozinhar alguma coisa mas não consigo, devia ler um livro mas não consigo, devia ir passear à beira-mar mas não consigo, devia planear uma viagem mas não consigo, devia ir tomar um café com alguém mas não consigo.
Ninguém, a não ser quem sente isto tudo na pele sabe, como somos mal pagos pelo trabalho incrível que fazemos.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Momentos felizes

A viagem. Comprada de um dia para o outro, correr atrás de um passaporte renovado nas ultimas, correr para apanhar um alfa, chegar a tempo ao aeroporto.
Agradecer a estes amigos que aceitaram e voaram juntos comigo. Sei que algo de bom ficará marcado por este maravilhoso acontecimento, nunca voltamos somente como partimos.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Menininha do meu coração*



Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha, não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão
Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim
E você vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Teu bicho-papão
Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
E também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei


terça-feira, 29 de abril de 2014

Do que eu gosto mesmo

é da força que nasce dentro de mim em momentos em que não sobra nada, ou quase nada. Podia deitar-me no chão,  ficar inerte, continuar a deixar a vida passar um dia após o outro, carregar o peso de me desiludir tantas vezes. Podia continuar a pedir ao meu cérebro que reaja ao despertador, ao meu corpo que se levante, resistir ao esforço que tudo exige de mim, mesmo que seja apenas responder a uma simples mensagem no telemóvel.
Não sou assim. Acredito acredito e acredito que se semearmos amor, colhemos amor. Tenho a certeza disso. Tenho mesmo. Tenho a certeza. Tenho a certeza, que faço falta algures, não sei explicar porquê. Sinto. E por isso não posso parar.
Sei que os caminhos não são feitos apenas de sol e estrelas, nem de abraços e amigos maravilhosos, sei porque tenho aprendido ás custas de mim mesma, que ás vezes para se deitar tudo para o ar e viver a aventura, é porque "tudo" se tornou aos poucos apenas um pequeno nada na minha vida, como uma importância mal empregue.
Perante tudo o que aconteceu, depois de voltas e mais voltas na minha cama, depois de me perguntar tantas vezes se realmente era justo continuar a viver desta forma ou se seria só esta insatisfação crónica que se instalou, senti a felicidade imensa da liberdade bater-me no peito.
Posso não ter alcançado nada do que o plano trazia consigo, outra vez, mas sou livre, livre de me mandar e fazer o que bem entender. Onde quiser. Continuo a ser um passarinho.
E desta forma nasce finalmente um entusiasmo dentro de mim, bastou pensar...e imaginar o impossível. E se o impossível acontecesse.


quarta-feira, 9 de abril de 2014

Curar insónias


A minha mais recente eterna história de amor:)

domingo, 6 de abril de 2014

quinta-feira, 3 de abril de 2014

1

Eu ainda não li nem ouvi nada que definisse isto que sinto quando penso na minha saudade. Na saudade que trago cá dentro, que não é boa nem é má, que nuns dias me pesa e noutros me sustenta. Que me faz tantas vezes sentir tristeza e por outras gratidão.
Eu ainda não sei definir esta minha saudade, esta que faz doer, doer o corpo, as costas a cabeça, o coração. Esta saudade que não me deixa ainda concentrar no passar do tempo, no trabalho, no futuro, no hoje, no agora. Eu ainda só quero que me deixem estar. Que me deixem chorar pelos cantos, ou rir à gargalhada no minuto seguinte se assim tiver que ser.
Carrego saudade, sinto-a, chamo-a assim, mas é só minha, ninguém a sente como eu a sinto e eu precisava tanto de saber, de saber se alivia, se se torna noutra coisa. Não falo de amor, falo de saudade. Isto aqui, que não cabe no meu coração e se espalha por mim, que me faz sentir pesada, que me prende os ombros, que me rouba o sono. Não falo de recordações, falo de saudade. Esta saudade.



domingo, 16 de março de 2014

Meu pai


Já tenho tantas saudades. E tenho medo de me esquecer da tua voz quando me chamavas joinha.
Cuidar de ti nos últimos dias da tua vida foi a missão mais importante da minha. Não foi preciso prepara-me para nada, o meu amor por ti fez tudo sozinho.
Ainda te tenho abraçado a mim, ainda sinto as tuas mãos nas minhas.

Fica comigo, fica aqui comigo para sempre.
Amo-te meu pai.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Bem Vindo 2014


Comi três passas. Pedi três desejos. Soltamos três balões.
 
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