segunda-feira, 16 de março de 2009

N.


Volto a falar do N. porque ele é tão doce que o quero guardar aqui mais uma vez.

O N. tem melhorado muito. Já recuperou o volume da voz, engordou e tem muita mais força do que antes. Já come pela própria mão, já toma banho sozinho, e veste-se quase sem ajuda. É muito carinhoso e interessa-se por todos à sua volta. Pede-me abraços quando me vê chegar e pergunta-me sempre se estou bem. Durante a noite, quando acorda e não consegue voltar a adormecer, pede-me que lhe segure na mão e diz-me que gosta muito de mim.
Não gosta de ver ninguém triste. Defende os mais fraquinhos e faz-lhes festinhas, e faz questão de mostrar que sabe o nome de todos.
Rio – me muito quando acorda a cantar “ aaaaaaaai amoooor ai ai ai ai amooooor é amor”
A educação e a ternura do N. faz com que todos gostem dele. Também á fácil gostar. É fácil cuidar, de quem tanto afecto dedica aos que o rodeiam.
Hoje vejo o N. como exemplo. É tão importante semear amor, no dia a dia, nas situações mais simples. E acredito muito, que quem o fizer é recompensado por isso.

(A Nádia visita o N. algumas vezes, ele aguarda ansioso todas essas visitas, e conta os dias que faltam até ela voltar:))

2 comentários:

Bacouca disse...

O amor cura!

Anónimo disse...

tenho orgulho em perceber que abres o teu coração em cada gesto que tenhas, mesmo no contexto do teu trabalho...mais do que ninguém tu sabes como a enfermagem é a arte do CUidar.. e tu és uma excelente artista:)

 
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