sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Catarina


Quando fores grande vou lembrar-te dos tempos de pequenina, em que cabias no meu colo envolvida numa manta branca quentinha. Vou dizer-te que, desde que nasceste, o teu pai te adivinhava os sonhos e dizia-me que eram feitos de castelos de areia e tranquilidade. Vou lembrar-me dos olhos rasgados que herdaste da tua mãe, da paz dos teus sonos longos, dos beijinhos suaves que o teu irmão de dá com os lábios que tocam levemente a tua testa. Vou lembrar-te do meu amor por ti, que cresce como as saudades. Vou dizer-te que me cansava de estar longe, da espera nos dias longos, muitas vezes de uma solidão pesada. Que ás vezes os nossos dias são difíceis e noutros são alegria. Que viver é mesmo assim, às vezes as pequenas coisas bastam, noutras nada parece compensar. Vou ensinar-te que a família e os amigos não têm preço, e que se alguns nos escapam outros estão lá sempre. Que ter esperança é ter quase tudo, que nunca devemos magoar ninguém por ousadia, que o mundo à nossa volta melhora se semearmos amor, e que este é a coisa mais importante do mundo.

1 comentário:

Unknown disse...

Nada mais a dizer... SIMPLESMENTE MARAVILHOSO!!! :)

 
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