terça-feira, 27 de março de 2012

Roll your head in the sun*


A. de amor.

Olho para os aviões no céu e sorrio. E faço fisgas e peço muito para que tudo corra bem.

domingo, 25 de março de 2012

Encontro

Felicidade, agarrei-te
Como um cão, pelo cachaço!
E, contigo, em mar de azeite
Afoguei-me, passo a passo...
Dei à minha alma a preguiça
Que o meu corpo não tivera.
E foi, assim, que, submissa,
Vi chegar a Primavera...
Quem a colher que a arrecade
(Há, nela, um segredo lento...)
Ó frágil felicidade!
— Palavra que leva o vento,
E, depois, como se a ideia
De, nos dedos, a ter tido
Bastasse, por fim, larguei-a,
Sem ficar arrependido...

Pedro Homem de Mello, in "Eu Hei-de Voltar um Dia"

quarta-feira, 21 de março de 2012

A primavera chegou e eu vi uma estrela cadente na madrugada.

domingo, 18 de março de 2012

Caminho de Voltar

Há sempre um sítio onde a estrada te deixou por onde tens que ir se te queres libertar
Tudo o que for por bem...


Saí do serviço mais tarde do que o necessário, estive a conversar com a colega que me veio render. Não somos amigas, nem cúmplices,  deixei-me ficar a ouvi-la porque a senti a sufocar. Senti-lhe os entraves, as amarras, as escolhas momentaneamente felizes mas terrivelmente mal feitas. Senti-lhe a saturação, quase que lhe ouvi o fervilhar do cérebro, que lhe exige mais e mais a cada dia e que ela teima em alimentar com  livros que devora como eu nunca vi. Senti-a presa, confusa, incapaz de desistir dos sonhos e incapaz de sem medos realiza-los, realizar-se.
Ouvi-a, falamos, ela chorou e acabou por se rir muito também. Falei -lhe da minha vida em londres, do dia em que, a lavar o chão do Starbucks com uma esfregona de 50cm, aceitei a minha vida como ela era. Não  tentei compreender tudo, tudo o que me aconteceu naquele ano, todas as escolhas, fracassos, todos os acontecimentos terríveis e os aceitei simplesmente.
 Ela acha que eu sou irremediavelmente feliz, quase louca, incrivelmente livre. Eu expliquei-lhe que não é bem assim. Disse-me que em mim não se vêem amarras, nem se sentem impossíveis. Eu disse-lhe que talvez isso não fosse tão bom como pode parecer. Sou sonhadora, pés no céu  e este meu amor pela liberdade tem sempre um preço que nem toda a gente está disposta a pagar. Eu não me conformo com o razoável, como o … não é bem isto mas vá, chega. Posso até nem voar tão alto como aparento, mas não paro nunca, nunca de sonhar.
Abracei-a, ela gelou.
Quando cheguei cá fora e ia a caminho do carro, o cheio do mar condensado fez me sorrir. O verão já se sente chegar. Senti-me feliz. Enchi o peito vezes sem conta desta felicidade tão simples, tão boa, tão pura. Sou como um palhaço pobre. Preciso de tão pouco para sair da toca, encher-me de vida e acreditar outra vez.
Amanhã caminharemos juntas junto ao mar. Vamos a ver se a energia lhe volta ao sangue e ela acredita também.

terça-feira, 13 de março de 2012

Amelie Amaya

Há risco de afogamento cá em casa*

domingo, 11 de março de 2012

Feliz

Só desejo que seja menina.

Pimpones

Eu ao acordar - Vamos correr pela praia e apanhar um solinho? estou a sair!
Eles em dia de folga - já pedimos minis só tens que vir cá ter.

sábado, 10 de março de 2012

A prova de que...

A pílula regressou ao meu organismo. Se bem que, a parte de que mais gosto, é da cara das pessoas que o ouvem. Comove-me que se comovam.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Das memórias de um amor

De teres os mesmos sentidos que eu. De juntos reconhecermos a chegada do cheiro da primavera, o valor da liberdade, o respeito pelo silêncio, de rirmos até chorar, de vezes sem conta dizermos as mesmas palavras ao mesmo tempo, de receber uma mensagem tua no exacto momento em que enviei a minha, do teu abraço meu amor, meu abrigo, meu encaixe perfeito.

terça-feira, 6 de março de 2012

Do partilhar casa parte III


Eu mostro-lhe esta música, ele responde:
- Di, o meu pai é que ouve Doors. Eu não.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Conta-me uma coisa que gostes muito na vida.

Música e respirar. Sonhar com um mundo em que ninguém andasse descalço.
E tu?
 
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