Quando ontem à noite entramos no quarto da Z. com pinheiros e renas nas cabeça, a cantar "a todos um bom natal", os olhos dela arregalaram, o sorriso desdentado abriu e ela começou muito muito feliz a cantar e a bater palminhas. Foi um daqueles momentos perfeitos, que a felicidade nos abre no peito, aquele tipo de alegria sincera, que nasce quando praticamos o bem, quando damos sem intenção de receber, quando a felicidade da outra pessoa nos basta para compensar tudo.
Foi um Natal Feliz.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Bem-vindo Inverno:)
A tua chegada foi celebrada no alpendre cá de casa, a sentirmos o sol quentinho bater-nos no corpo coberto ainda pelo pijama. Bebemos café numa chávena grande e ficamos a apreciar os passarinhos a voarem bem perto de nós, a cantarem felizes por entre os arbustos. Lembrei-me das coisas simples e na felicidade que me invade sempre que lhes presto a atenção.
Não vai tardar muito para nascerem as amendoeiras em flor, uma das coisas que me relembram que vale a pena continuar por cá, mesmo que os planos de mudança sejam cada vez mais certos.
O inverno chegou, o fim do ano também e eu não me lembro de me sentir assim, tão optimista em relação ao novo que aí vem.
Não vai tardar muito para nascerem as amendoeiras em flor, uma das coisas que me relembram que vale a pena continuar por cá, mesmo que os planos de mudança sejam cada vez mais certos.
O inverno chegou, o fim do ano também e eu não me lembro de me sentir assim, tão optimista em relação ao novo que aí vem.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
sábado, 15 de dezembro de 2012
U.
“Lembra te de mim como alguém que já não conseguia rir e que se rio muito por dentro contigo a cantar Beatles”.
Foi assim que se
despediu de mim hoje. Ele que passa grande parte dos turnos a gritar de dor
fantasma. Enchi-me de tristeza por ser incapaz de o aliviar de tamanho
sofrimento dia após dia. Um doente encantador mas muito sério, com um cabelo
branco reluzente, que odiava levantar-se para tomar banho, luz no quarto e
comer. Há umas semanas atrás ainda gostava de me mostrar musica maravilhosa que
ouvíamos os dois como terapia durante horas de tratamentos agressivos, depois
foi deixando de querer qualquer contacto com o mundo exterior ao seu.
Ontem obriguei-o a sair da cama, gritou-me “não” milhares de vezes. Mas eu tive que
o ignorar, tive que lhe ver a raiva nos olhos e ignorar, e esfreguei-o com água
quente e sabão, fiz-lhe a barba com o olhar mais vazio e sério na direcção do
nada que me lembro de ver num doente, obriguei-o a abrir a boca para lavar os
dentes já cobertos de secreções acumuladas. Ele odiou-me. Hoje ardia em febre
quando cheguei de manhãzinha perto dele. Pediu-me “por favor, não quero levantar-me”. Eu disse-lhe que não ia fazer
nada que ele não quisesse. Pus música, ele disse que hoje podia ser eu a
escolher, escolhi Beatles, cantei-lhe o “Let it be” enquanto o lavava parcialmente
no leito e lhe mudava os lençóis da cama. Tão doente. Senti remorsos por o ter
obrigado no dia anterior, pedi-lhe desculpas. “Dá-me um sumo de morango e eu
perdoo-te” disse-me ele. Sorri-lhe e continuei a cantar…
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom:
Let it be
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Pózinhos de perlimpimpim
Penso muitas vezes na esperança. Na minha esperança na forma
como ela varia, se multiplica e divide. Nos dias em que parece que some e
nos outros em que me devolve a força para tudo. Nas ideias que me dá, na forma
como elas me parecem tontas quando ela se desvanece.
Há que ter esperança e saber esperar. Ou então há que dar um
pontapé no garantido, no seguro e ter a confiança necessária para receber o que
vem a seguir.
E depois há a sorte. As bênçãos. O receber da vida o amor
que distribuímos. O que vai volta, o que damos ser-nos-á devolvido. Acreditar.
Continuar a acreditar.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
domingo, 2 de dezembro de 2012
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