Não gosto de pontos de exclamação no fim das frases. Parece que me estão a gritar ou a convencer. Mas gosto de pontos finais, de vírgulas, de pensamentos que pareciam terminados mas que um ponto depois começarem de novo a ganhar vida. Nem sei bem como é que nos deixamos moldar assim, como é que deixamos que abalem as nossas convicções na vida, como é que facilmente esquecemos aquilo que já tínhamos aprendido. Como o não vale a pena, o não vale mesmo a pena, fica aqui a bailar na mente como se ela pudesse de alguma forma apenas estar confusa. Queremos sempre uma vírgula quando não se conquistou o que se queria. E continuamos o texto, na busca do final feliz. Mas não vale a pena, não merece o esforço da criatividade, há alturas em que a historia termina, de forma diferente daquela que se tinha imaginado ao inicio, quando tudo ainda fazia sentido e onde se adivinhava um texto rico e feliz. Depois da casmurrice, da insistência, de certa forma até, de se passar por cima do que se acredita e defende, chega a altura de se esgotarem as vírgulas, de se parar de dar uso ás reticências e de se assumir de uma vez por todas que chegou a altura do parágrafo.
2 comentários:
"Ângelo Fanado"
Ponto final, parágrafo!
A página que se segue concerteza será mais luminosa e alegre!
Querida Di,
Como tudo mesmo na vida do nosso dia a dia a pontuação existe: pontos, virgulas, reticências, exclamações...Mas também há momentos que o parágrafo é muito importante para passar a outro capítulo, a outro assunto, a outra ideia ou a outra fase.
E quantas vezes temos mesmo que usar o parágrafo.
um grande beijo
Mãe Becas
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