Já não sou convidada para festas de anos em piscinas e parques temáticos mas para madrinha de casamentos. Fico feliz, muito mesmo, mas esta coisa de estar cada vez mais próxima dos trinta não é algo que me alegre muito.
Hoje volto à queima do porto. Já não sou caloira nem finalista. Já? O tempo nem precisa de pernas para andar porque tem asas. Os meus amigos refazem vidas, querem casar e ter filhos. O meu sobrinho mais velho já é mais alto do que eu. E o mais novo já não gosta de colo. A minha irmã mais velha já chegou aos 40. Já sou mais vezes tratada por senhora do que por menina.
Referiram – se a mim, em pleno Domingo à tarde, enquanto eu e o Dias escolhíamos o primeiro presente de casamento para o Pi, como a sua esposa. Uma senhora que nos diz:
-“O senhor e a sua esposa…”
Desde quando? Desde quando o Dias é visto como um senhor e eu como sua esposa?
- Temos ar de jovens adolescentes! Digo lhe eu. Não temos Dias não temos? Quem esta criatura pensa que é?
E o Dias riu-se.
- Tu serás sempre pequenina Di. Isso é certo.
- E é tão bom ser pequenina, ter pais e avós e ter quem goste de nós.
- Vês?
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2 comentários:
Também adoro quando me chamam "menina", nem que vá com o meu filho ao colo ou pela mão!
Já a enfermeira Di... até já pode avó, que o sorriso luminoso de criança há-de ser sempre o mesmo!
O quê minha querida tem quase 30? E eu a pensar que estava nos 18 com essa cara de menina doce:). Lembro-me que quando saia com a Mãe Alda perguntavam se eramos irmãs...Que saudades que eu tenho.Agora uso esta técnica: quando me perguntam a idade, por curiosidade digo:65. e oiço:Hã está tão bem conservada! Se é para algo oficial digo: 55 bem vividos!
E consigo é o mesmo. Se dizer que tem 30 ninguem acredita, se for oficial pode com segurança dizer: bem vividos para mim e pelos amigos que fiz!
Um beijo à minha e sempre "casula"!
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