Por vezes não sou enfermeira sou engolidora de sapos. Preciso ser todos os dias a cada minuto, não o que eu quiser mas tudo aquilo que os outros precisam. E depois há os que reconhecem o esforço mas há também e são muitos, os ingratos. Há os que até admitem que exigem demais e os que nunca estão satisfeitos.
Há dias em volto para casa e não sou eu. Sou a frustração. E já nem me apetece mais nada, nem sei bem o que quero ou que faço aqui, tamanho é o meu cansaço.
E faço como de costume. Penso em coisas boas, penso que é só uma fase, que vou voltar a sentir-me realizada no meu trabalho, naquilo que faço. Que vou voltar, se me esforçar muito, a fazê-lo com amor, com paciência, com cuidado. Mas sinto hoje, agora, e mais uma vez, que não me deixam, que me obrigam a ser fraca, má profissional e que isto é um peso que não consigo suportar.
Hoje senti vergonha da enfermeira que me tornei. E eu não tenho mais tempo, nem posso fazer as coisas como a meu ver seriam bem feitas. Eu faço o que me mandam, mesmo que quem mande não pareça saber o que faz. E se me sinto culpada?
Muito.
Há dias em volto para casa e não sou eu. Sou a frustração. E já nem me apetece mais nada, nem sei bem o que quero ou que faço aqui, tamanho é o meu cansaço.
E faço como de costume. Penso em coisas boas, penso que é só uma fase, que vou voltar a sentir-me realizada no meu trabalho, naquilo que faço. Que vou voltar, se me esforçar muito, a fazê-lo com amor, com paciência, com cuidado. Mas sinto hoje, agora, e mais uma vez, que não me deixam, que me obrigam a ser fraca, má profissional e que isto é um peso que não consigo suportar.
Hoje senti vergonha da enfermeira que me tornei. E eu não tenho mais tempo, nem posso fazer as coisas como a meu ver seriam bem feitas. Eu faço o que me mandam, mesmo que quem mande não pareça saber o que faz. E se me sinto culpada?
Muito.