Há pessoas que são realmente especiais. Que vivem num terrível grau de dependência mas mantêm uma atitude tão correcta e serena perante a sua situação. Por serem exemplos de vida, para mim e para todos, passo muitas vezes algum tempo extra-trabalho a pensar neles e a tentar compreender, assim de longe, como conseguem manter-se tão apaixonadamente abraçados à vida.
O G. é um homem tão grande. Tão grande e tão doce. Tão grande e tão meiguinho. O G. não é português mas foi por cá que sofreu um acidente e ficou tetraplégico. Fala português correctamente, baixinho e devagarinho com toda aquela calma que o caracteriza. O meu coração enche-se de orgulho por dele. Porque é sempre tão gentil e porque tem um sorriso tão verdadeiro, tão inspirador.
Não podia falar do G. sem que imediatamente me lembre da sua mulher. A sua dedicação diária e incansável é das mais bonitas declarações de amor que presenciei. Ela pega nele sozinha e cuida dele sem que precise de mais ninguém. Atendendo ao seu tamanho e ao seu peso concluo que o amor entre duas pessoas, assim verdadeiro, cria forças sobrenaturais.
Ontem eu vinha a sair, e ela a chegar. A pedalar serra a cima na sua bicicleta. Lá ia cheia de força, daquela que tem origem cá dentro e a faz não ter limites, ou pelo menos a permite ultrapassá-los. O G. nunca está sozinho. Mas sei que ele merece. Merece por ser como é. Um homem muito para além de um corpo, e amado, muito amado para além disso também.
O G. é um homem tão grande. Tão grande e tão doce. Tão grande e tão meiguinho. O G. não é português mas foi por cá que sofreu um acidente e ficou tetraplégico. Fala português correctamente, baixinho e devagarinho com toda aquela calma que o caracteriza. O meu coração enche-se de orgulho por dele. Porque é sempre tão gentil e porque tem um sorriso tão verdadeiro, tão inspirador.
Não podia falar do G. sem que imediatamente me lembre da sua mulher. A sua dedicação diária e incansável é das mais bonitas declarações de amor que presenciei. Ela pega nele sozinha e cuida dele sem que precise de mais ninguém. Atendendo ao seu tamanho e ao seu peso concluo que o amor entre duas pessoas, assim verdadeiro, cria forças sobrenaturais.
Ontem eu vinha a sair, e ela a chegar. A pedalar serra a cima na sua bicicleta. Lá ia cheia de força, daquela que tem origem cá dentro e a faz não ter limites, ou pelo menos a permite ultrapassá-los. O G. nunca está sozinho. Mas sei que ele merece. Merece por ser como é. Um homem muito para além de um corpo, e amado, muito amado para além disso também.